sexta-feira, 4 de julho de 2008

1969: nasce a maior torcida organizada da América Latina


"Gaviões da Fiel apanham dos capangas de Wadih Helu em 1969".


Em 1969, o Brasil completava cinco anos de ditadura militar e, desde 1968, o Ato Institucional nº 5, decretado pelo presidente e general Costa e Silva, repreendia severamente qualquer manifestação contrária ao regime antidemocrático.Em 1969, nas arquibancadas não havia divisórias para separar as torcidas adversárias. Corinthianos assistiam às partidas ao lado de palmeirenses, os palmeirenses de são paulinos, os são paulinos de santistas e os santistas de Corinthianos. Em 1969, o presidente do Corinthians era Wadih Helu. No poder desde 1961, quando derrotou Vicente Matheus nas eleições, Wadih não sabia o que era ganhar um título pelo Corinthians. E não soube. Saiu do poder, derrotado por Miguel Martinez, sem conhecer o sabor da conquista de um campeonato corinthiano.
De 1954, quando o Timão venceu o Torneio Rio - São Paulo e o Campeonato Paulista, até 1977, com a vitória e o título de Campeão Paulista novamente, o Corinthians amargou 23 anos de fila. Nesse período sua torcida só aumentou. E foi nesse período também que nasceu a maior e mais importante torcida organizada da América Latina (e porquê não dizer do mundo?). No dia primeiro de julho de 2008, terça-feira, os Gaviões da Fiel completaram 39 anos. Com quase 76 mil associados, não devem nunca se esquecer do grupo de garotos que deram vida e ideologia a esses gigantes. Flávio La Selva, Joca, Batata, Daga, Julião, Chico Malfitani,Raul, Manchinha, Igor, Cláudio Romero. E outros tantos que chegaram um tempo depois, mas que construíram toda a base de nossa torcida, como a Madalena, o Edmar Bernardes, o Jogador e Inaté. Gente que acreditou que era possível transformar o Corinthians juntando forças, contestando a ditadura de
Wadih, exercendo sua cidadania e seus direitos de torcedor, na época em que ninguém falava nisso. Pedindo democracia em um tempo onde essa palavra era proibida. E ensinando para nós, Gaviões que nasceram anos depois, que é possível transformar o mundo começando dentro dos muros do Parque São Jorge. Porque quando se mexe com uma massa de 30 milhões de corinthianos, se muda o mundo.
Essas pessoas que plantaram as sementes da Revolução Corinthiana e que hoje repercute em movimentos como o Fora Dualib. Dualib que foi filho de Wadih e que não sobreviveu quando os Gaviões resolveram dizer "Chega" novamente.
Nos 39 anos de Gaviões da Fiel, nós, os 76 mil associados da torcida, devemos lembrar porque somos Gaviões. Porque existimos e porque nossa agremiação existe. Ela, que passou por tantos momentos de altos e baixos, e sobreviveu.
E sobreviverá porque a corrente jamais será quebrada, assim como falou Edmar Bernardes. O nosso legado é honrar tantos nomes dentro e fora das arquibancadas. Lutar sempre pelo Corinthians, defendê-lo por princípio e apoiá-lo por amor. E, conseqüentemente, transformar o mundo. Sempre para melhor.

2 comentários:

Anônimo disse...

corinthians um time q nunca deve desiste de nada e nunca se lamentar das lagrimas derramadas
e por isso digo pelo corinthians faço de tudo...
___________________ASS:jose carlos alves da silva/mais conhecido como carlinhos
valeu corinthians!!!!!!!!

Flavio Souza disse...

Sempre contemporâneo!

Vida longa aos Gaviões!