sexta-feira, 4 de julho de 2008

Negociação dos direitos de Jô gera polêmica no Corinthians


A torcida esperava ansiosa a venda de Jô para o Manchester City, já que o Corinthians tinha 10% de seus direitos, poderia faturar parte da bolada negociada e aliviar pelo menos um pouco a crise financeira que o clube vem enfrentando. Acontece que nesta semana, quando a venda do jogador foi finalmente definida, veio a público que o Corinthians não tinha mais os tais 10%. A parte dos direitos de Jô que cabia ao Corinthians foi vendida em maio para o empresário Giuliano Bertolucci, amigo do iraniano Kia Joorabchian, ex-presidente da MSI. Segundo reportagem do "Lance!", o empresário Marcelo Dijan, representante de Jô, afirmou: "Não sei direito como e qual foi a influência de Giuliano nesse negócio. O que sei é que teve a participação do pessoal de Pini (Zahavi, um dos investidores da MSI) e de Kia também."Ainda de acordo com o mesmo empresário, os direitos federativos de Jô eram divididos da seguinte forma: 10% eram da MSI, outros 10% do Corinthians e 80% do CSKA.
Além de ter feito um péssimo negócio no quesito finanças, a Diretoria corinthiana, que prometeu transparência em sua gestão, não tornou pública a negociação na época em que foi realizada. Recentemente soubemos que o Corinthians havia negociado parte dos direitos de Dentinho, André Santos e Renato. Por que não pudemos saber também que o mesmo tinha acontecido com Jô? A Diretoria do Corinthians afirma que não há mais nenhuma relação com a MSI, que a parceria foi rompida em dezembro de 2007, após notificações na Justiça.
Além disso, em nota oficial, argumentou que o negócio foi necessário "devido às dívidas herdadas da gestão passada", que gerou a "grave crise financeira" que o clube atravessa. "Nesse período, o Corinthians não tinha nenhuma garantia de que o atacante Jô seria mesmo negociado do futebol russo para o futebol inglês. Mesmo porque o Manchester City só conseguiu cumprir todas as garantias para a regularização do atleta na Inglaterra apenas no último dia de prazo imposto pela Federação Inglesa. Por isso, o clube não tinha como alternativa aguardar que a negociação fosse mesmo efetivada, já que os riscos desta não ocorrer eram grandes."

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