Fala, Fiel! Fala, Fiel!

Os preços subiram no Parque São Jorge no último mês e não foram apenas os associados que sentiram o prejuízo no bolso. O restaurante, por exemplo, usado dia-a-dia por quem trabalha próximo ao Corinthians, teve o valor do quilo de comida elevado de R$ 16 para R$ 22. O estacionamento também subiu o preço por hora. E até o título, para quem quer ficar sócio, está mais caro. Antigamente era possível dividir o valor total em 12 vezes e não pagar mensalidade nesse primeiro ano. Ainda é possível o parcelamento, mas agora o associado tem de
pagar também a manutenção mensal. Roberto de Andrade Souza, vive-presidente Administrativo do Corinthians, foi procurado pelo Informativo para falar sobre os aumentos, mas não foi encontrado nem por email nem via telefone. Mas e as pessoas que utilizam os serviços do Corinthians, o que acharam dos aumentos?
"Fui neste fim de semana ao restaurante do clube, a fila estava imensa, fazendo a comida gelar com o tempo de espera. Para piorar, não tinha ninguém pra limpar a sujeira deixada pelas pessoas nas mesas. Já lá no bar, além do mau atendimento dos garçons, comprei três cervejas
no caixa e na hora de pegar fui informado de que havia acabado. Acho que precisa de um gerente lá nos finais de semana, para fiscalizar o serviço desse restaurante. Aumentar todo mundo quer, não é mesmo?"
Fabio Petrillo, 29 anos, analista de Infra, sócio dos Gaviões e do Corinthians

"Com relação ao restaurante, a minha maior crítica é com o novo cardápio do self-service por quilo. Antes a comida era bem caseira. Agora só tem prato 'fresco', 'sofisticado', nada a ver com perfil de público que freqüenta o clube. O restaurante antes era bem barato -o que eu acho certo,
afinal, subentende-se que o objetivo maior não é lucrar exorbitantemente às custas do associado, que já paga mensalidade. Os serviços extras que o clube oferece devem ter um preço acessível. Com relação ao título, penso um pouco diferente. Acho que os preços eram muito defasados,
e o Corinthians é um dos clubes de melhor estrutura de São Paulo. Só acho que esse aumento tem que ser revertido em benefício aos associados."
Maria Domingues, 27 anos, jornalista e sócia do Corinthians

"Fui sócio e freqüentador assíduo do Corinthians nos anos 80 até o começo dos 90. Atualmente não estou em dia com o clube exatamente pelo aumento considerável na anuidade. Estou tentando me reassociar, porém a dificuldade é imensa devido ao preço ser fora da realidade do
corinthiano. O valor do restaurante é extremamente alto para o padrão de vida do corinthiano, fora que o ambiente foi completamente elitizado. Não deixa o corinthiano de arquibancada à vontade em sua própria casa."
Daniel Alves Konishi, 30 anos, funcionário dos Correios

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