sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O time do povo


O Coringão passou sua infância se divertindo nas batalhas da Várzea e conquistando as glórias em seu terreno original. Não foi um time de "ocasião", que se formava na vazante do rio e se desfazia na cheia, como tantos outros times daquela época. Assim como havia surgido, o Coringão se manteve: com a força do seu Povo.

O jogador vestia a camisa por amor e por dedicação, e pelo reconhecimento daquela pequena massa que se formava e acompanhava o Corinthians, onde fosse.
O Corinthians foi erguido por gente que se entregou de corpo e alma, e ao Corinthians deram a própria vida. Bravos Guerreiros Corinthianos.

Em 1913 o futebol "oficial" da Liga Paulista passava por séria crise. Quem podia mais, chorava menos: o clube que pudesse pagar os melhores "bichos", ficava com os melhores jogadores. O amadorismo havia ido às favas.

O Corinthians assistiu à cisão no futebol paulista como campeão varzeano. Aconteceu por uma questão financeira; o Paulistano cobrava 200 mil réis pelo campo do Velódromo por jogo, e ali esperou o time do Americano, que seguiu a determinação da Liga e foi para o Pq. Antárctica, campo que custava 200 mil réis... por mês.

Foi a gota d´água. A turma elitista do Paulistano, do Mackenzie, fundou a Associação Paulista de Esportes Athleticos. E à Liga coube a pecha de popular.
Sobra, então, a vaga neste futebol oficial. É com a cara e a coragem, e também com os direitos de um time que jogava muita bola e que já tinha a credencial de Campeão, que o Corinthians se candidata a essa vaga.

Mas lhe preparavam uma arapuca; teria de passar por um torneio de acesso, disputar a vaga com outros dois pretendentes. "Como assim, time de operários jogando futebol "oficial"? Onde é que essa gente quer chegar, hein?"

O Corinthians já havia provado seu poderio no campo do Lenheiro, nas várzeas Paulistas afora. Poderiam vir os adversários do Parque Antarctica ou do Velódromo, tanto fazia. O Galo de Briga da Várzea era tratado como bicão, e os Guerreiros iriam mostrar que o Coringão faz a diferença. Quem disse que o Povo não podia disputar o campeonato?

Era o Timão do Povão e se preparava para quebrar o tabu, com apenas três anos de vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

fiz canto ai pra nois conrinthianos ve fico boa e tenta entra ritmo.
leandro ramos
vai,vai,vai,timão
vai,vai,vai, timão

vai com garra ,luta e força
quem vai é ganha
és ti corinthians

eu numca vo é parrar de gritar
cantando todos juntos
que timao vai ganhar
ole ole ole ..


vai,vai,vai,timão
vai,vai,vai, timão